Ricardo Vilas Freire é um artista brasileiro interdisciplinar cujo trabalho intervém, faz pontes, corresponde, retrata, pontua e constrói percepções da interação humana em espaços sociais. Investigando o que compõe as paisagens cotidianas e as implicações da acumulação, Ricardo expōe sistemas inteiros sob arranjos instáveis que tendem a se desintegrar ou se tornar imperceptíveis. Ao abordar a lacuna entre o espaço esperado e o apresentado, o artista revela a perfeição como um conceito absurdo, destacando a inevitabilidade do fracasso e a comédia trágica em testemunhar uma ação. Pensar composicionalmente e trabalhar em colaboração permite ao artista pontuar situações em que incorporar uma tarefa distorce a etiqueta dentro dos ambientes, enquanto aponta para sua existência. A construção de performances, pinturas e objetos torna-se uma conversa entre a realidade dos materiais com uma lógica natural e a capacidade humana de gerar significado sobre momentos definitivos. O ambiente imediato existe como um colaborador constante, com objetos relacionais sendo criados e destinados a interagir com o que envolve as circunstâncias. Por meio da apresentação e representação, gestos banais são ampliados em um mundo que origina perigos genuínos enquanto é constantemente transformado e desmembrado.